RIBAMAR
A vila de Ribamar fica a 6Km da sede concelhia, tem uma área de 585 ha. Faz parte da região litoral do oeste. A sua orla costeira estende-se ao longo de 5km, e abraçando o mar oferece três magníficas e bem conhecidas praias: Porto Dinheiro, Valmitão e Zimbral, banhadas pelo Oceano Atlântico. É limitada a Sul pela União de Freguesias de A-dos-Cunhados e Maceira (concelho de Torres Vedras), a Norte pela Atalaia (União de Freguesias de Lourinhã e Atalaia) e a Este pela Freguesia de Santa Bárbara (ambas do concelho da Lourinhã). Integrando a região oestina fica a 60Km da capital nacional, sendo servida pela A8, a uma dezena de Km de distância.
É constituída por Ribamar, Bairro dos Sobreirinhos e Praia de Porto Dinheiro.
É uma das oito Freguesias do concelho da Lourinhã, uma das mais recentes e uma das mais populosas do Concelho, com 2141 habitantes (Censos 2011), tendo uma densidade de 365 habit/Km2.
Passados 12 anos, após a criação da Freguesia de Ribamar, e por reunir infraestruturas e equipamentos socioculturais reveladores do seu progresso, é elevada à categoria de vila, em 12 de Julho de 1997, pela Lei n.º 63/97, a segunda do Concelho da Lourinhã.
ATIVIDADES
A atividade das suas gentes divide-se entre a pesca, a agricultura, a indústria e os serviços.
O seu crescimento dos últimos anos nasceu das transformações socioeconómicas provocadas, em Portugal, após o 25 de Abril de 1974, das vontades e do empenho das suas gentes. Passou pelo desenvolvimento habitacional, pelo implemento dos equipamentos sociais, abraçou o avanço das novas tecnologias feito no florescimento nos setores agrícola, do comércio, indústria e serviços, salientando o que foi assumido pelos homens do mar, ”arrojados marinheiros”, que decidiram aventurar-se noutros oceanos.
A pesca artesanal e os pequenos barcos de outrora, deram lugar a equipamentos mais mecanizados e inovadores e a grandes embarcações, sendo Porto Dinheiro trocado por Peniche, e a costa portuguesa trocada pela costa africana, ficando Ribamar com uma das maiores frotas pesqueiras a laborar em Peniche com 68 embarcações.
A agricultura pela desvalorização dos seus produtos, sofreu algumas crises quanto à sua opção como trabalho e futuro das famílias. Continuou a ser, sobretudo recurso, em prol da sustentabilidade familiar, a cargo das mulheres e dos mais idosos, ou dos homens quando não iam ao mar, em época de “defeso” ou quando o tempo não permitia. Nas últimas décadas tem-se verificado a adesão de novos agricultores e mais jovens. Tem havido investimento nas tecnologias modernas, com a introdução de novas plantações e restruturação da forma de exploração/produção/comer-cialização dos produtos agrícolas. As estufas e o regadio são as apostas visíveis do desenvolvimento da horticultura.
TOPONÍMIA
A toponímia da vila também reflete a sua dinâmica, económica e social, pois as ruas têm ligação à terra (Rua do Eira, Rua das Piçarras…) ao mar (Rua dos Mestres, Rua das Armações, Travessa da Lagosta…) ao património (Rua do Poço da Quinta, Rua dos Lavadouros, Rua do Moinho…) aos “homens bons” (Rua Manuel Filipe da Fonseca…).